Sentença de trabalho num caso de fornicação

MAASTRICHT - O Ministério Público de Maastricht exigiu ontem 240 horas de serviço comunitário e uma pena de prisão suspensa de um ano (período de estágio de cinco anos) contra Paul F. (51 anos), suspeito de lascívia, residente em Brunssum. O procurador Wim Smits pediu também ao tribunal que impusesse ao homem uma proibição de contacto e de localização em locais onde pudessem estar presentes raparigas menores de idade. O processo, que está em curso desde finais de 2005, foi ouvido ontem em Maastricht pelos juízes do tribunal de Roermond. Isto porque um funcionário do tribunal de Maastricht, num
tinha-se esquecido de elaborar as actas das audiências deste processo numa fase anterior. No total, estavam em causa dois processos penais. O funcionário em causa foi suspenso.

Paul F. confessou que, enquanto professor de natação em Schinnen, foi culpado de abusos sexuais com alunos menores de idade em várias ocasiões. Admitiu também ter apalpado duas sobrinhas durante várias dormidas. "Não sei explicar por que razão o fiz. Havia álcool envolvido. Talvez estivesse à procura de atenção e afeto".

O exame psiquiátrico revelou que, embora Paul F. não seja um "pedófilo clássico", sente-se excitado por raparigas jovens. Sofre também de uma perturbação depressiva e, na sequência da morte súbita da sua filha, há vários anos, não fez um aconselhamento adequado sobre o luto. Quanto à declaração de F. à polícia de que tinha cometido os abusos "inconscientemente", o juiz pediu-lhe esclarecimentos sobre o assunto.

Também para este facto, Brunssummer, que abanava constantemente a cabeça, não conseguiu dar uma explicação. O Procurador Smits qualificou as acções de F. de "comportamento altamente culposo". "As jovens vítimas não estavam mentalmente à altura das abordagens do arguido", afirmou. A proibição de acesso aos locais de trabalho deveria incluir os parques infantis, os recintos escolares e as piscinas".

Serge Weening, o advogado de Paul F., concordou com o pedido, mas considerou que a proibição de contactos e de localização deveria ser "mais concretizada". "Afinal de contas, o meu cliente precisa de saber exatamente qual é a sua posição", afirmou. Veredicto dentro de duas semanas.

O(s) arguido(s) no presente processo é(são) assistido(s) por:

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