Dois anos de prisão é pouco para resolver casos de cadáveres (Limburger)

SITTARD - "Ninguém consegue explicar aos familiares das vítimas porque é que os suspeitos podem apanhar até dois anos de prisão por dissolverem os seus corpos em ácido clorídrico. É degradante o que eles fizeram".

Com estas palavras, o procurador David van Kuppeveld opôs-se ontem ao levantamento da prisão preventiva de dois dos seis suspeitos dos chamados assassínios com ácido. O seu alvo principal é Ron van K. (53 anos) e Michel L. (26 anos), que vivem na Bélgica. Este último, juntamente com o irmão Maurice (21 anos), o pai Hub (58 anos), a mãe Els (58 anos) e a irmã fugitiva Rachelle (20 anos), estão a ser processados pelo Ministério Público. Um amigo da família, Ron van K. (53), é também considerado suspeito. Os seis são suspeitos de terem estado envolvidos no assassínio do iraquiano Mouhammed Al Jader, em 2011. Maurice L. é igualmente suspeito de ter assassinado Al Jader e o seu parceiro de longa data Alan Gergeri em 2009. Todos os envolvidos são considerados responsáveis pela dissolução dos corpos em ácido clorídrico. Ontem, o tribunal de Maastricht realizou um chamado processo pro forma, no qual os advogados de quatro suspeitos puderam apresentar os seus pedidos de investigação. Nesse processo, o advogado Ivo van den Bergh pediu o levantamento da prisão preventiva do seu cliente, Michel L., detido há oito meses. Não terá sido ele próprio a disparar contra Al Jader e não terá planeado o crime. Além disso, já estaria detido há tempo suficiente para fazer desaparecer os corpos dos dois iraquianos mortos.

O procurador Van Kuppeveld, no entanto, referiu-se a declarações de testemunhas. A uma delas, Michel L. terá dito que deu um "tiro de misericórdia" a Al Jader, porque não suportava as bravatas do homem que já o tinha atingido várias vezes. Só por ter resolvido os dois cadáveres, o agente vai pedir a pena máxima de dois anos, anunciou.

O agente também se opôs à libertação de Ron van K., que alegadamente não terá disparado contra Al Jader. Van K. colaborou com o Ministério Público. Ontem, o tribunal seguiu a acusação e recusou a libertação dos dois suspeitos, mas o processo só será julgado em 2013.

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