SCHINNEN/MAASTRICHT - As sete vítimas do processo de lascívia que envolveu o presumível professor de natação Paul F. (50), de Brunssum, serão novamente ouvidas pelo juiz de instrução. Anteriormente, prestaram declarações à polícia.
O professor de natação é suspeito de ter abusado de jovens alunos nas piscinas de Schinnen, Brunssum e Kerkrade. O caso, que se arrasta desde finais de 2005, foi ouvido ontem em Maastricht pelos juízes do tribunal de Roermond. Isto deveu-se ao facto de um funcionário do tribunal de Maastricht se ter esquecido de redigir as actas das audiências do processo. No total, estavam em causa dois processos penais. O funcionário em causa foi suspenso e o processo de F. foi transferido para Roermond. Serge Weening, o advogado de Paul F., solicitou aos juízes de Roermond que declarassem a inadmissibilidade da acusação devido ao longo período de tempo do processo.
"O meu cliente foi ouvido sobre este caso pela primeira vez em dezembro de 2005. Há quase quatro anos que está à espera da audiência. Os seus interesses foram seriamente prejudicados por esta situação". No entanto, o tribunal rejeitou o pedido. O pedido de Weening para que as sete vítimas do professor de natação F. fossem ouvidas pelo juiz de instrução foi, no entanto, aceite. "Mas se, em primeira instância, vos bastar ver e ouvir as imagens e as gravações áudio dos interrogatórios das crianças vítimas com a polícia, isso servirá certamente os interesses dessas crianças", acrescentou o tribunal ao advogado de F. Paul F. fez anteriormente declarações confessionais à polícia, mas estas não podem ser utilizadas como prova porque não falou com o seu advogado antes desses interrogatórios. Os juízes de Roermond decidiram igualmente que o instrutor de natação acusado deveria ser submetido a um exame psiquiátrico e que deveria ser elaborado um relatório de liberdade condicional. Por conseguinte, o processo foi suspenso por tempo indeterminado.
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