É considerada uma "viajante precoce". Nikki S. já estava no califado do Estado Islâmico (EI) na Síria em 2013. Mas não tinha nada a ver com o EI, disse ela calma e decididamente aos juízes. A mulher está a ser julgada em Roterdão por participar no EI e preparar crimes terroristas. "Estava na Síria a fugir dos meus sogros", disse.
A história das mulheres neerlandesas islâmicas tem sido contada em muitas variantes, mas a de Nikki S. é novamente diferente. Criada em Berkel e Rodenrijs, tornou-se muçulmana e mudou-se para a Turquia em 2004. Com o seu segundo marido, Burhan, partiu para a Síria nove anos mais tarde. "Nessa altura, já havia guerra", diz a juíza. "Eu não estava muito preocupada com isso. Fui com o meu marido, que teve de deixar a Turquia. Pensei que estava tudo bem, depois não voltaria a ver a minha sogra. Foi uma espécie de fuga".