MAASTRICHT - O tribunal de Maastricht proferiu ontem sentenças significativamente mais baixas do que as exigidas pela acusação no grande caso de tráfico de seres humanos Krokodil vis. A principal suspeita, Peggy A. (29 anos) de Meerssen, por exemplo, terá de cumprir 20 meses de prisão, enquanto que a acusação exigia seis anos e cinco meses. A co-suspeita Blessing I. (27), de Riemst, do salão de cabeleireiro Mama Bee, na Boschstraat, em Maastricht, foi mesmo absolvida.
Segundo o tribunal, não se pode provar que I. arranjou passaportes na sua loja para facilitar o tráfico de seres humanos e o contrabando no Sul do Limburgo. A. terá contrabandeado raparigas e mulheres nigerianas para os Países Baixos durante anos, sob coação (com rituais de vudu), para as obrigar a trabalhar na prostituição. A justiça tinha exigido três anos e nove meses contra I.. Segundo o tribunal, muitas das acusações contra os arguidos carecem de provas suficientes. No caso de A., apenas duas vítimas puderam ser provadas como tendo sido obrigadas a trabalhar para ela em clubes de sexo (tráfico de seres humanos) e o contrabando foi provado no caso de uma outra vítima.
O segundo coarguido é Johan M., de Eindhoven. Terá de cumprir dois meses de prisão. Segundo o juiz, ficou provado que Johan M. contrabandeou um menor da Alemanha para os Países Baixos sem documentos válidos. Os juízes não consideraram provados os crimes de tráfico de seres humanos e de lascívia com um menor de que foi acusado.