Os "jihadistas" de Arnhem são absolvidos (Telegraaf.nl)

ARNHEM - Os alegados jihadistas de Arnhem Hakim B. (22) e Mohamed el A. (27) foram absolvidos na segunda-feira da acusação de preparação de crimes terroristas e outros. Segundo o tribunal de Arnhem, também não existem provas suficientes de conspiração para cometer crimes terroristas.

Hakim B. (esq.) e Mohamed el A. não queriam ir para a Síria para combater, dizem eles. Não sabiam explicar o que estava a fazer o equipamento de combate no seu carro.

A dupla foi interceptada na Alemanha em agosto de 2013. Mohamed e Hakim transportavam 15 000 euros em dinheiro, balaclavas, vestuário de combate, walkie-talkies e carregadores de pilhas solares. Os seus irmãos Abdelkarim el A. e Khalid B. já estão a combater na Síria, presumivelmente para a Jabhat al-Nusra. Abdelkarim - também conhecido por Abu Mohammed, também conhecido por Muhajiri Shám - já apelou uma vez a uma ação firme contra o Governo holandês. É um dos jihadistas neerlandeses que figuram na lista do terrorismo nacional.

Mohamed el A. disse que queria ir para a Síria para ajudar as pessoas e instalar-se num país islâmico. Hakim B. declarou que estava apenas a caminho da Turquia para passar férias. Talvez se encontrasse com o seu irmão Khalid B. na fronteira síria para lhe entregar os seus pertences.

Relativamente a Mohamed el A., o tribunal acredita, com base em conversas via Skype, mensagens de WhatsApp e vídeos, que ele estava a caminho da Síria para se estabelecer e ajudar o seu irmão. Mas não está provado que ele fosse travar uma batalha violenta. Relativamente a Hakim B., não existem quaisquer provas de que se dirigia para a Síria.

O tribunal considera que Mohamed el A. admirava o irmão, sonhava fervorosamente com um Estado islâmico e que poderia ter acabado por passar de jihadista passivo a ativo na Síria. "Mas não há provas de que tenha preparado actos terroristas concretos. E ter um pensamento ou uma ideologia por si só não é punível", sublinhou o tribunal.

A acusação tinha exigido dois anos de prisão para ambos. O tribunal publicou um vídeo após o veredito, no qual o juiz de imprensa fundamenta a decisão.

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