Em 2017, numa rusga em Sittard, houve um tiroteio entre a polícia e homens num viveiro de cânhamo. O julgamento estava marcado para terça-feira, em Roermond, mas os coronavírus vieram alterar o processo.
O tribunal de Limburgo esperava ouvir o caso contra dois suspeitos albaneses ao fim de anos. Um deles, Genzi B. (50 anos), suspeito de tentativa de homicídio, tinha planeado viajar da Albânia para o tribunal de Roermond para esse efeito, mas teve problemas por causa dos coronógrafos.
Proibição de entrada
Depois de o tribunal ter decidido, no ano passado, que B. podia aguardar o seu processo em liberdade, foi expulso do país como "estrangeiro indesejável". Foi-lhe igualmente aplicada uma proibição de entrada no país. Para poder continuar a assistir ao seu processo no tribunal de Roermond - afinal, como suspeito, tem direito a isso - o seu advogado Ivo van de Bergh solicitou ao IND uma isenção temporária. "Foi-lhe concedida, por três dias", conta.
Cor de laranja
No entanto, as medidas corona exigem que os viajantes da Albânia, de cor laranja, entrem em quarentena domiciliária durante 10 dias se vierem para os Países Baixos. "E o meu cliente não pode fazer isso, porque não está autorizado a ficar cá tanto tempo", disse o advogado, que pediu ao tribunal que suspendesse o processo por esse motivo.
O advogado classificou a situação de "incómoda". "Os factos remontam a 2017, o caso é antigo. O cliente passou um tempo considerável em prisão preventiva e também quer saber qual é a sua situação. Por outro lado, não quer simplesmente renunciar ao seu direito de estar presente. Trata-se antes de qualquer coisa".
Quando questionado, o tribunal do Limburgo informou que era a primeira vez que um julgamento não avançava devido a "esta razão explícita". O advogado também não o tinha experimentado antes e fala de uma "situação especial".
Não se sabe quando é que o processo será julgado.