Nada de prisão, mas tratamento intensivo numa clínica tbs. Para os advogados Serge Weening e Joost de Bruin, esta é a única solução adequada para Thijs H. (28), que esfaqueou três pessoas até à morte em maio de 2019.
A justiça é diametralmente oposta aos advogados e na terça-feira exigiu 24 anos de prisão e uma medida tbs.
Nenhuma punição
Thijs e os seus advogados têm vindo a contar a história de episódios psicóticos desde agosto de 2019, durante os quais o jovem de 20 anos de Brunssum esfaqueou uma mulher em Haia e um homem e uma mulher até à morte em Brunssummerheide. Os peritos do Centro Pieter Baan observaram o suspeito durante sete semanas e recomendam que o declarem completamente louco. Não há, portanto, qualquer punição.
Ausência de provas
Segundo os advogados, não há uma palavra de francês nesse parecer e o juiz, quando se pronunciar a 30 de julho, não terá outra alternativa senão seguir esse conselho. "Na terça-feira, a acusação fez várias observações que nós consideramos: 'Não é correto que isto seja apresentado como prova'. Estão a tentar tudo para pôr em causa a fiabilidade do relatório do Centro Pieter Baan", afirmou De Bruin na sua alegação.
Respostas desejáveis
A justiça é efetivamente crítica em relação ao relatório dos peritos. Thijs terá provocado ele próprio as suas psicoses, em parte devido a drogas e ao uso indevido de medicamentos, e o relatório terá sido excessivamente influenciado pelos pais de Thijs. O jovem de vinte e poucos anos de Brunssum também terá enganado os jornalistas com respostas desejáveis.
Completamente inapto
O advogado De Bruin contra-atacou na quarta-feira. "Se metade das críticas ao sistema judicial forem verdadeiras, então os relatores são completamente inaptos para o seu trabalho. Então, como é que podemos voltar a confiar nos relatórios do Centro Pieter Baan?" De acordo com De Bruin, é incompatível que o sistema judicial não questione os conhecimentos dos relatores, mas a sua conclusão sim.
De acordo com Weening, Thijs também foi amplamente testado em termos de simulação, ou mais simplesmente, se Thijs fingia o seu estado mental. "Não houve qualquer prova disso", afirmou o advogado.
Críticas ao advogado
Na terça-feira, Weening teve conhecimento do caso. Entre outras coisas, a justiça acusou-o de ter tido contacto com a família de Thijs quando o processo ainda estava em segredo de justiça. Nessa altura, é estritamente proibido falar sobre o caso. Além disso, o juiz acusou-o de ter falado com testemunhas e de as ter possivelmente influenciado.
Escárnio após escárnio
De Bruin defendeu o seu colega na quarta-feira. "Houve escárnio atrás de escárnio. Se o meu colega de gabinete estava errado, há mais de um ano, porque é que não houve um pedido de esclarecimento? Porque é que não foi feito um relatório ao Decano da Advocacia?" O próprio Weening afirma que em nenhum momento forneceu informações em alturas em que não era suposto fazê-lo.
Tretas de mau gosto
A última palavra coube ao ator principal na quarta-feira. "Mais uma vez, quero pedir desculpa pelo que aconteceu. Isto nunca deveria ter acontecido e não gostaria de mais nada a não ser desfazer o que aconteceu. A tristeza também é grande comigo, isso não é uma coisa de fachada. Pelo contrário, eu era uma pessoa que sempre ajudou os outros. Agora sou eu que preciso de ajuda".
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