Pena de oito anos de prisão para o atirador da briga de vizinhos em Sittard (Limburger.nl)

O homem que, no ano passado, matou um vizinho com um tiro na cabeça, em sua casa, em Aan het Broek, Sittard, foi condenado a oito anos de prisão. O advogado do homem pediu a absolvição, alegando que este agiu em legítima defesa.

Uma discussão entre crianças precedeu o tiroteio de 14 de abril do ano passado. Ben S., residente em Sittarden, terá alegadamente agarrado um deles com firmeza. Quando os pais do rapaz foram a casa dele pedir ajuda, S. sacou de uma arma e atingiu o padrasto na cabeça. A vítima sobreviveu ao tiroteio, mas sofre de lesões permanentes num olho.

O Ministério Público considerou provado que Ben S., de 55 anos, disparou deliberadamente contra a sua vítima. Pediu oito anos de prisão incondicional por tentativa de homicídio involuntário. A advogada do atirador afirma que S. se sentiu ameaçado e que actuou em legítima defesa. Pede a absolvição. O autor do crime está detido desde então.

Câmaras de vigilância

O tiroteio é filmado pelas câmaras de vigilância. As imagens foram mostradas na audiência do tribunal de Maastricht, na quarta-feira. As imagens mostram o avô de uma rapariga envolvida na discussão, à porta, com a mulher do atirador a falar calmamente sobre o incidente.

Braço

O avô vira-se e afasta-se quando um carro pára na entrada da casa. Saem a mãe e o padrasto, acompanhados pelo filho, que terá sido agredido com força por S. Os pais sobem a estrada e S. dirige-se para eles. É possível vê-lo a segurar algo que se assemelha a uma arma. Dá um pontapé no padrasto e balança o braço, altura em que o tiro cai.

O advogado de S. argumenta que ele disparou porque o padrasto parecia estar a tentar pegar numa arma. Este facto não pode ser visto nas imagens das câmaras de vigilância. O procurador fala de um disparo deliberado por parte de S.

Intimidado

A advogada descreve a filha de S. como sendo sistematicamente intimidada e maltratada pelas crianças do bairro. As imagens mostram-na a ser atacada por uma rapariga. "Ele tem um grande receio de que algo aconteça à sua família", afirmou a advogada.

A justiça e a defesa de S. concordam que um acidente de viação em 2016, no qual S. sofreu lesões cerebrais, levou-o a ser menos culpado. No entanto, a justiça diz que ele estava a agir com total serenidade. "No momento em que ele pegou numa arma, não havia qualquer ameaça", disse.

Clube de motociclistas

A defesa de S. fala de uma situação de ameaça que levou o stressado S. a ir buscar uma arma ao armário do contador. "Diz que o avô de uma das crianças terá dito que iria passar por cá um clube de motas", conta.

O tribunal pronunciar-se-á em 3 de junho.

O(s) arguido(s) no presente processo é(são) assistido(s) por:

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