EVERTSOORD/NUSWILLER - A chinesa de 36 anos, detida por suspeita de envolvimento na morte de um compatriota de 45 anos em Nijswiller, suicidou-se na sua cela na prisão feminina Ter Peel, em Evertsoord, no passado fim de semana. Nessa altura, já teria sido tomada a decisão de a levar para uma instituição especial em Zwolle, mas isso nunca aconteceu, diz o advogado. Segundo ele, ela só anunciou a sua morte na quinta-feira passada às secções do tribunal de Maastricht, quando tiveram de decidir sobre o prolongamento da sua prisão preventiva.
O assessor de imprensa W. Smits, do Ministério Público de Maastricht, não podia ontem dizer se havia um acordo para levar esta suspeita para uma casa de detenção especializada. No entanto, disse que a mulher já não é considerada suspeita. O inquérito sobre o suicídio está a ser conduzido pelo Ministério Público de Roermond, uma vez que ocorreu nesse distrito.
Ninguém esteve presente em Ter Peel, em Evertsoord, durante o fim de semana para comentar, mas o advogado Weening diz que o facto de a sua cliente se ter suicidado não é de todo culpa do pessoal da prisão. "As pessoas que lá estavam fizeram muito mais por ela do que era necessário, de acordo com a descrição das suas funções", afirmou. O advogado afirma que a mulher ouvia vozes e afirmava que o espírito do seu falecido amigo Cha se tinha apoderado dela. Esse espírito também teria ordenado que ela se suicidasse, disse Weening. A sua cliente enforcou-se com um pano de cozinha.
O corpo da chinesa Cha, de 45 anos, foi encontrado dentro de uma mala num campo de milho em Nijswiller, na segunda-feira, 18 de outubro. Tinha morrido por asfixia. Dois compatriotas foram posteriormente detidos: A namorada chinesa de Cha e o companheiro desta, ambos com 36 anos. A mulher suspeita tem afirmado constantemente que não teve nada a ver com o assassínio da amiga, mas que estava presente.