Um homem de Hoensbroeken ficou gravemente ferido após o acidente do Pinkpop de 2018 e começou a fazer ameaças de morte à sua ex e à sua mãe. Ele pensa que o acidente foi um ataque. "Ainda tenho a sensação de que me querem destruir", disse.
No trágico acidente ocorrido na noite a seguir ao Pinkpop, uma pessoa morreu e três ficaram gravemente feridas. W.B. (28 anos), de Hoensbroek, foi o mais afetado dos três. Está em coma e foi submetido a várias operações.
Naufrágio
Durante a audiência contra o condutor Danny S., em julho deste ano, W.B. indicou, na sua declaração de impacto da vítima, que tinha ficado fisicamente destroçado desde o acidente e que ainda não conseguia levantar um saco de batatas. Na altura, B. era ele próprio suspeito e teve de ser transportado da prisão de Sittard para o tribunal de Maastricht.
A sua página no Facebook mostra que ele também não está bem mentalmente. De acordo com o seu advogado Maikel Horsch, estas são circunstâncias atenuantes que devem ser tidas em conta na avaliação dos crimes pelos quais B. deveria comparecer na quarta-feira: perseguir e ameaçar a sua ex - a mãe dos seus dois filhos pequenos -, a sua própria mãe, um amigo da família e alguns assistentes sociais. Entre outras coisas, B. anunciou no Facebook que se ia suicidar, mas antes de o fazer, tinha de completar uma lista de morte que incluía as pessoas acima mencionadas.
Delírios
O juiz reconhece que B. passou por um período difícil, mas constata que não lhe foi diagnosticada uma lesão cerebral não congénita. No entanto, sofre de delírios e pensa que todos estão a conspirar contra ele. Segundo ele, o drama do Pinkpop foi um ataque deliberado que envolveu também a polícia e o município. "Nisso, ele não pode ser corrigido. Não tem noção da sua doença", observou o psicólogo e psiquiatra.
Raiva
B. confirma que continua a ver conluio. "E continuo a ter a sensação de que me querem destruir, que me vou matar". De acordo com a procuradora Marleen Overmeer, as pessoas que B. ameaçou de morte estavam "enormemente comprometidas" com ele. "Sentem tristeza, muito medo, raiva e falta de compreensão", afirma.
Na sua opinião, B. deve receber tratamento prolongado e a sociedade deve ser protegida, uma vez que existe a possibilidade de reincidência. Segundo ela, a pena mais adequada é a tbs com tratamento obrigatório. A advogada exigiu também cinco meses de prisão, mas B. já se encontra em prisão preventiva há cerca de sete meses. O advogado Horsch quer que o seu cliente seja libertado imediatamente.
Desculpas
B. pediu desculpa às suas vítimas. "Elas não têm mais nada a temer, eu recuperei", disse. Quer continuar a ser cantor e compositor. "Já tenho oitenta letras prontas. Mas isso talvez tenha de ser feito numa clínica.
O tribunal pronunciar-se-á dentro de quinze dias.